O que é contrato visual law e como montar um?

Um contrato com visual law é mais acessível e compreensível, o que ajuda a garantir mais negócios fechados. Neste artigo, você aprende a construir o seu!

Por Assinafy 09 de Outubro de 2024 - Atualizado em 10 de Outubro de 2024 11 min. de leitura
O que é contrato visual law e como montar um?

Um contrato visual law é um documento jurídico que usa elementos visuais, como ícones, gráficos e diagramas, para tornar a linguagem legal mais acessível e compreensível a todas as partes envolvidas. Para elaborá-lo, é preciso combinar técnicas de design com a estrutura legal, para garantir que as informações sejam claras, mas sem perder a precisão jurídica.

Além disso, é fundamental que a aplicação dos recursos visuais seja feita de maneira estratégica, destacando as partes mais relevantes do contrato, como prazos, obrigações e penalidades.

Quer saber mais sobre o tema e como elaborar esse tipo de documento por aí? Então, continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber para montar a papelada com essa nova abordagem.

O que é visual law em contrato?

O visual law é uma metodologia que aplica técnicas de design, infografia e narrativa visual em documentos jurídicos, o que inclui os contratos, para facilitar a compreensão do conteúdo desses papéis.

O conceito foi popularizado em 2013, quando Margareth Hagan e outros pesquisadores da Stanford Law School, na Califórnia, perceberam que a linguagem jurídica tradicional era, muitas vezes, inacessível e confusa para a maioria das pessoas.

Imagine que você está prestes a assinar um contrato de locação de imóvel, por exemplo. Ao receber o documento, percebe que tem mais de 20 páginas, cheias de termos jurídicos complexos, escritos em parágrafos longos que tornam a leitura cansativa e confusa.

Agora, pense no mesmo documento, mas com uma estrutura totalmente diferente: com prazos e valores destacados em ícones coloridos, direitos e deveres dispostos em tabelas claras e simples, além de diagramas que explicam, de maneira direta, as condições para rescisão do contrato.

Essa é a importância e o impacto do visual law: transformar a experiência de leitura de um documento jurídico em algo mais simples e intuitivo, que tende a causar menos dúvidas e confusões para todas as partes envolvidas.

O objetivo, nesse caso, não é substituir a formalidade, mas garantir que todos compreendam o que estão assinando para evitar problemas no futuro, uma vantagem que se estende a muitas outras.

5 benefícios de aplicar visual law em contratos

As vantagens de desenvolver um contrato com visual law vão além da estética, já que envolvem aspectos como a facilidade da comunicação, a otimização de processos e o aumento da confiança entre as partes envolvidas no negócio.

1. Melhor compreensão dos termos

Uma das principais vantagens do visual law é a capacidade de transformar termos complexos – o chamado “juridiquês” – em algo mais simples de entender.

Ao aplicar ícones, gráficos e diagramas, por exemplo, o conteúdo denso dos documentos jurídicos é dividido em partes mais compreensíveis, o que é especialmente importante em contratos que envolvem diversas partes, já que o nível de conhecimento jurídico pode variar.

Em um contrato de prestação de serviços, por exemplo, prazos e responsabilidades podem ser ilustrados em fluxogramas, garantindo que todos os envolvidos compreendam suas obrigações sem explicações complexas.

2. Redução de erros e mal-entendidos

A clareza proporcionada pelos elementos visuais do conceito ajuda a evitar confusões e mal-entendidos, que costumam ser comuns em contratos extensos e repletos de cláusulas.

Ao destacar informações-chave e simplificar a apresentação de termos, o visual law diminui a margem para erros que podem gerar conflitos no futuro, que podem causar, inclusive, processos judiciários.

Imagine um contrato de trabalho com tabelas que explicam de forma clara os direitos e deveres do colaborador, como horas extras e benefícios. Esse recurso visual, sem dúvidas, minimiza a necessidade de retrabalho e de revisões constantes por conta de interpretações equivocadas.

3. Otimização de tempo

Tradicionalmente, a análise de contratos pode ser um processo longo e desgastante. Com a aplicação do visual law, porém, esse tempo é comumente reduzido, uma vez que as partes envolvidas conseguem encontrar rapidamente as informações mais relevantes.

Um exemplo são os diagramas, que explicam etapas processuais ou cronogramas visuais que detalham prazos e ajudam a acelerar a leitura e a compreensão do documento.

Dessa forma, tanto o cliente quanto o advogado economizam tempo, evitando longas revisões e reuniões para esclarecimento de pontos que poderiam ser simplificados com o uso de elementos visuais.

4. Maior transparência

Quando todas as partes envolvidas compreendem os termos de um contrato, a confiança no processo aumenta.

Por isso, a metodologia contribui nesse aspecto ao expor todas as informações de maneira direta e acessível ao aplicar elementos visuais que destacam direitos, deveres e riscos de forma objetiva, transmitindo uma postura de honestidade e abertura, que é importante para fortalecer parcerias.

5. Facilitação do processo de assinatura

Um contrato mais claro e visualmente organizado reduz a resistência das partes ao assiná-lo, já que, ao eliminar a linguagem complicada e tornar as informações fáceis de localizar, as pessoas se sentem mais confiantes em prosseguir com o acordo.

Além disso, em tempos de automação de processos e assinaturas eletrônicas, o visual law possibilita que o processo seja mais dinâmico e intuitivo, otimizando também a experiência de quem assina.

Pronto(a) para fazer parte dessa modernização? Então, conheça os principais recursos do visual law e como aplicá-los nos tópicos seguintes.

Quais são os principais recursos do visual law em contratos?

Os principais itens do visual law que podem ser aplicados em documentos jurídicos envolvem infográficos e fluxogramas, que são recursos que ajudam a transformar os contratos em materiais mais acessíveis e compreensíveis.

Quer saber mais sobre cada um? Dê uma olhada!

1. Infográficos

Os infográficos são uma das ferramentas mais poderosas no visual law, já que combinam texto e ilustrações para transmitir informações de forma mais clara e concisa. Ao apresentar dados e processos complexos, como as etapas de um contrato ou as consequências de uma cláusula, esses elementos ajudam a simplificar o entendimento.

Um acordo de parceria, por exemplo, pode incluir um infográfico que ilustra as obrigações de cada parte ao longo do tempo, o que permite que ambas as partes visualizem claramente as expectativas e prazos envolvidos.

2. Tabelas e quadros

As tabelas e os quadros organizam informações de maneira lógica e acessível, permitindo que as partes envolvidas visualizem rapidamente os direitos, deveres e prazos estabelecidos em um contrato.

Pense em um acordo de prestação de serviço: nele, uma tabela pode ser usada para listar as responsabilidades do prestador e do cliente, junto com os prazos acordados para que cada atividade seja executada.

3. Diagramas de fluxo

Os diagramas de fluxo são especialmente úteis para ilustrar processos sequenciais e complexos de maneira visual.

Em contratos que envolvem múltiplas etapas, como acordos de compra e venda ou processos de resolução de conflitos, um diagrama de fluxo pode mostrar cada fase do processo, desde a negociação até a conclusão, o que ajuda as partes a entenderem suas obrigações e o contexto geral do documento.

4. Cores e ícones

O uso de cores e ícones é uma boa estratégia para destacar informações cruciais e facilitar a navegação pelos documentos jurídicos.

Cores diferentes podem ser usadas para categorizar cláusulas, como direitos, obrigações e penalidades, tornando mais fácil para os leitores localizarem rapidamente as seções relevantes.

Além disso, ícones intuitivos podem ilustrar conceitos, como prazos de pagamento ou cláusulas de rescisão, tornando a leitura mais dinâmica e interativa, o que melhora a estética do contrato e contribui para um entendimento mais profundo e rápido das informações apresentadas.

5. Resumos executivos

Incluir resumos executivos no início dos contratos, condensando os principais pontos do material e permitindo que as partes tenham uma visão geral clara antes de se aprofundarem nos detalhes, é uma prática que facilita a compreensão das informações essenciais trazidas pelo documento.

Um contrato de aluguel, por exemplo, pode ter um resumo que destaca o valor acordado para pagamento mensal, o prazo do acordo e as obrigações principais do locador e do locatário. Esse elemento, além de ajudar na retenção de dados, torna mais fácil a tomada de decisões informadas, evitando surpresas desagradáveis que podem surgir em cláusulas mais longas e complexas.

Agora que você já conhece alguns dos principais elementos do visual law, chegou a hora de descobrir como montar um acordo com a aplicação do conceito!

Passo a passo: como criar um contrato com visual law

O desenvolvimento de um contrato visual law envolve a combinação de técnicas de design e uma compreensão clara das necessidades legais das partes envolvidas, já que o uso dos elementos visuais não deve substituir a formalidade da área jurídica, apenas torná-la mais simples.

Siga o passo a passo abaixo para acertar de primeira!

1. Defina o objetivo do documento

O primeiro passo para criar um contrato com visual law é, sem dúvidas, identificar claramente o objetivo do documento.

Esse processo envolve entender as necessidades e as expectativas de todas as partes envolvidas, assim como os termos e as condições que precisam ser abordados ao longo do material.

Se você está criando um acordo de prestação de serviços, por exemplo, precisa definir o escopo do serviço, os prazos de entrega e as condições de pagamento.

Uma vez que o objetivo esteja claro, você pode estruturar o documento de forma a garantir que todo conteúdo relevante seja incluído, facilitando o uso dos elementos visuais mais apropriados.

2. Estruture o conteúdo de forma clara

Depois de definir o objetivo, é hora de estruturar o conteúdo do contrato de maneira lógica e clara, o que significa dividir o documento em seções bem definidas, como introdução, definições, obrigações, direitos, prazos e condições de rescisão.

Usar títulos e subtítulos é uma prática que facilita a navegação e permite que as partes localizem rapidamente o conteúdo desejado. Além disso, considere incluir um índice ou sumário no início do documento para que os leitores possam ter uma visão geral do papel.

3. Utilize elementos visuais

Com a estrutura do contrato definida, é chegado o momento de aplicar elementos visuais que ajudem a transmitir a informação de forma eficaz, o que pode incluir a criação de infográficos que resumam as obrigações, tabelas que apresentem prazos e penalidades e diagramas de fluxo que ilustrem processos complexos.

Ademais, ao usar cores e ícones, você pode destacar seções importantes e tornar a leitura mais dinâmica.

Lembre-se de que cada elemento visual deve ter uma função clara, ajudando a esclarecer detalhes em vez de criar distrações. Não se esqueça, também, que o equilíbrio entre texto e imagem é muito importante para manter a integridade do conteúdo.

4. Use uma linguagem clara e concisa

A linguagem usada no contrato deve ser clara, direta e livre de jargões jurídicos desnecessários, já que o objetivo é justamente facilitar a compreensão dos tópicos para passar mais segurança a quem vai assinar o papel.

Ao redigir as cláusulas, evite frases longas e complexas e opte por sentenças curtas que transmitam a mensagem de forma eficiente, e utilize exemplos práticos quando necessário, especialmente em cláusulas que podem ser interpretadas de diferentes maneiras.

Esse aspecto, além de melhorar a compreensão do documento, contribui para uma maior transparência e confiança entre os envolvidos.

5. Revise e teste o contrato com outras pessoas

Depois de elaborar o contrato, é importante fazer uma revisão cuidadosa e, se possível, testar o documento com usuários que não estão familiarizados com o conteúdo.

Nesse processo, você pode incluir colegas ou potenciais signatários, que podem fornecer feedback sobre a clareza e a eficácia dos elementos visuais utilizados. Pergunte a eles, por exemplo, se conseguiram compreender todas as informações e se houve alguma parte que gerou confusão.

Esse teste é um passo fundamental, pois permite identificar áreas de melhoria e garantir que o contrato atenda às necessidades de todos os envolvidos.

Após a revisão e as correções necessárias, o documento estará pronto para ser assinado, trazendo mais segurança jurídica e garantindo que todos estejam na mesma página. A partir daí, é só compartilhá-lo através de uma boa plataforma de assinatura eletrônica para ser assinado sem qualquer problema. Experimente!

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